sábado, 15 de dezembro de 2012


A IMPORTÂNCIA DA COMEMORAÇÃO DO NATAL DE JESUS CRISTO !

 “Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21)

Nestes dois anos, desde que algumas igrejas tomaram a visão de células no modelo dos doze, têm-se questionado se é necessário comemorar o natal. Algumas igrejas, até eliminaram, de uma forma abrupta, o culto de natal; outras proíbem até falar do natal ou alguma coisa parecida. A base que eles têm é a defesa de alguns líderes acerca da intromissão do paganismo nessa festa e comemoração. Dizem, com razão, o Papai Noel, etc., vieram do paganismo; também afirmam que, como ninguém sabe a data certa do nascimento de Jesus, então não podemos comemorar essa data.

Mais uma vez a Igreja do Senhor demonstra-se imatura, infantil e sem firmeza na Palavra de Deus. A igreja, às vezes, faz como Jesus falou,“coa um mosquito e engole um camelo” e tem abandonado algumas coisas essenciais e se apropriado de outras completamente prejudiciais à sua vida.

Deixar de comemorar o Natal por estar misturado com algumas coisas do paganismo é como se jogasse a água suja, a banheira e a criança fora. É verdade que todas as festas consideradas universais foram misturadas com o paganismo, tanto por uma ação de Satanás, como pela cobiça humana de vender e consumir; mas não podemos deixar de comemorar uma das festas mais significativas à humanidade, que é o nascimento de Jesus Cristo. Se pensarmos dessa maneira, não iremos comemorar nenhuma festa cristã que seja universal como, por exemplo, a páscoa, que vem como símbolo o coelho, ovo, chocolate etc. Deixar de comemorar a páscoa é falta de sensibilidade espiritual e maturidade de saber separar as coisas essenciais das sem significados e sem base. Concorda-se que se precisa falar os verdadeiros significados, tanto do natal, como da páscoa ou outra festa qualquer, tirando os símbolos que não tem nada a ver com as respectivas festas (incluindo árvore de natal, Papai Noel, coelho, ovo, chocolate etc.); mas abandoná-las por completo é deixar de mostrar ao mundo o seu verdadeiro significado; é deixar o mundo sem respostas; é tornar-se como sal insípido, que não testemunha a verdade de Deus.

Apesar de ninguém saber o dia certo do nascimento de Jesus Cristo, não implica dizer que não podemos comemorar, pois um dia Jesus Cristo teve que nascer e já que ninguém sabe o dia certo, convenciona-se o dia 25 de dezembro. Pensa-se até que o dia 25 de dezembro seria mais apropriado, já que o mundo todo comemora, para um maior testemunho da pessoa de Jesus Cristo, pois, nessa data, as pessoas estão mais abertas a ouvir sobre Deus, sobre o Evangelho, sobre as coisas espirituais. Como prova disso, pode-se ver os cartões de Natal, mesmo que venham com símbolos desvirtuados, vê-se sempre um texto que tem relação com a Palavra de Deus.

Por que se comemora tantas coisas sem significados e até demoníacas, como dia das bruxas e não se comemora o dia do nascimento de Jesus Cristo? Portanto, deixar de comemorar o Natal porque não sabemos a data certa, é uma ação impensada e não inteligente. Paulo chegou a dizer que se fez defraco para ganhar os fracos”, teve que fazer votos para ganhar os judeus. Que Igreja é essa que em vez de criar uma estratégia para falar do verdadeiro significado, corre disso e enfia-se na caverna, reclamando como Elias: “ninguém sabe a data do nascimento de Jesus, Senhor, por isso não comemoramos o Natal” (Adaptação minha). Sinto por esses lideres.

Alguns motivos essenciais para comemorar o Natal:
  • A comemoração do Natal valoriza a historicidade do nascimento de Jesus.
Quando se evita de comemorar o natal e ainda se afirma que ninguém sabe a data certa, esse comportamente abre margem para questionamentos céticos e questionamentos como: ora se nem a igreja sabe o certo, será que Jesus Cristo nasceu mesmo? Não adianta alguns dizerem que: “mas quem vai duvidar do nascimento de Jesus Cristo?”. Pois há muitas pessoas, líderes, cientistas e professores de universidades que duvidam do nascimento de Jesus Cristo, mesmo que esteja registrado em várias provas históricas; sem falar dos teólogos liberais que colocam duvida no nascimento virginal de Cristo.

O Natal corrobora a historicidade do nascimento de Jesus Cristo, abrindo a mente das pessoas para o episódio como a comemoração do descobrimento do Brasil e outras datas importantes. Isso é tão importante que Deus pediu ao povo no deserto que comemorasse a páscoa exatamente por isso para que eles nunca esquecessem e soubessem da sua historicidade: “esse DIA será um memorial que vocês e todos os seus descendentes celebrarão como festa ao Senhor. Celebrem-no como decreto perpétuo” (Ex 12.14). Vê-se que Deus sabia da importância de se ter um dia para comemorar. A igreja quando se escusa disso, está deixando de ter como memorial e assim testificar a sua historicidade.
  • É uma oportunidade da Igreja testemunhar o verdadeiro significado do Natal
Parece que até a própria Igreja não sabe o verdadeiro sentido do Natal. Alguns poucos podem até dizer de uma forma simplista: é o nascimento de Jesus Cristo; mas não sabem o que isso implica. Acredita-se que esses estão entre os que tiraram o natal de suas igrejas. Analisando o texto acima, vê-se que Maria daria à luz um filho, chamado Jesus para que ele salve o povo dos seus pecados. O Natal fala da cruz também. É uma oportunidade para se falar da grande razão do nascimento de Jesus Cristo, que a salvação das vidas entregues ao pecado. Tirar essa comemoração é deixar de dar o maior testemunho do Evangelho, que é o nascimento de Jesus Cristo.

Não foi à toa que os Magos do Oriente vieram por divina revelação para adorar a criança. O que Deus queria fazer era que as pessoas questionassem, pois segundo a Palavra, Jerusalém toda ficou alarmada (Mt 2.3). Se Deus não quisesse que não houvesse testemunho, não teria deixado que os magos viessem de tão longe e alarmado Jerusalém. Nota-se que Deus fez questão de manifestar aos pastores através dos anjos, os quais contaram a todos que tinham visto” (Lc 2.15-18). Se a Igreja deixar de comemorar o Natal, mais uma vez omite o seu testemunho por causa de sua imaturidade. É tempo da Igreja se unir e mostrar aos meios de comunicação, na Internet o verdadeiro valor do Natal e seu significado. Se houver omissão do testemunho do verdadeiro significado do Natal, a Igreja estará ratificando o testemunho pagão. Isso sim é errado, vergonhoso e pecaminoso; pois onde a Igreja deveria testemunhar, ela fica como tartaruga escondida no seu casco, sem questionar nada, apenas dizendo como papagaio, o que os outros disseram ou pensam. Isso é muito estranho para quem se diz uma igreja que vem da Reforma e que tem como a Bíblia como única regra de fé e prática.
É hora de crescer, é hora de colocar a Palavra de Deus acima das “visões”, é hora de questionar tudo; sabendo que questionar é honra. As pessoas que mais foram honradas na Bíblia foram aquelas que questionaram: Natanael, os crentes de Beréia. Deixar de questionar ou mesmo aceitar tudo sem uma análise é inconcebível àqueles que se dizem portadores do kerygma da Palavra de Deus. Portanto, quero terminar desejando um FELIZ NATAL.

Pr. Robério Lyra Th.D. D.D
Jornalista. mtb. nº 53.839/SP

Um comentário:

  1. Embora não seja impossível, parece improvável Jesus nascer no dia 25 de Dezembro. A Bíblia não especifica um dia ou mês. Um problema com Dezembro é que seria fora do comum que pastores estivessem “pastoreando nos campos” nesse frio período do ano, quando os campos ficavam improdutivos. A prática normal era manter os rebanhos nos campos da Primavera ao Outono. Além disso, o inverno seria um tempo especialmente difícil para Maria viajar grávida pelo longo caminho de Nazaré a Belém (70 milhas).

    "Um período mais provável seria em fins de Setembro, no tempo da Festa dos Tabernáculos, quando uma viagem como essa era comumente admitida. Além do mais, crê-se (embora não seja certo) que o nascimento de Jesus foi próximo ao final de Setembro. A concepção de Cristo, contudo, pode ter ocorrido no final de Dezembro do ano anterior. Nossa celebração de Natal pode ser vista como uma honrada observação encarnação do 'Verbo que se fez carne' (João 1:14).

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