sexta-feira, 20 de janeiro de 2017



Por que Deus não aprova o Carnaval?

"Todo ano eu costumo pular carnaval na cidade dos meus primos, mas me converti há seis meses e gostaria de saber porque Deus não aprova o carnaval, já que posso participar dessa festa sem fazer nada de errado. Por favor, escreva uma mensagem sobre isso."
R: O Brasil é considerado no mundo todo como o "país do carnaval". Existe até uma música que diz: "Atrás do Trio Elétrico só não vai quem já morreu." O Carnaval está relacionado à alegria, liberdade e muita curtição, mas nós sabemos que os excessos cometidos nesses dias de folia causam muita tristeza. A alegria dura poucos dias, mas a tristeza vinda do pecado pode durar a vida toda. A prostituição, o adultério e as drogas destroem vidas preciosas e muitos guardam como lembranças do Carnaval as doenças sexuais, gravidezes indesejadas e muitas feridas na alma. Devemos considerar que muitas festas podem ser perigosas, principalmente quando envolvem bebidas alcoólicas e drogas, mas o Carnaval com certeza é a pior delas. Por não ser uma festa familiar, o Carnaval afasta a pessoa, principalmente o jovem, do seu lar, o colocando num ambiente onde tudo é permitido. Por isso você deve entender a origem desta festa:
  1. Carnaval, provavelmente, vem da palavra latina "carnelevarium" ou "eliminação da carne", que começa no ano novo, geralmente no Epifânio, 6 de janeiro, e termina em fevereiro com a Mardi Gras (terça-feira gorda) na terça-feira da penitência”. (The Grolier Multimedia Encyclopedia). O Carnaval tem suas raízes nas festas gregas realizadas por volta do ano 600 antes de Cristo, como forma de agradecimento aos deuses pela produção agrícola, mas o nome atual e sua popularização se devem, principalmente, à iniciativa da Igreja Católica Romana, que adotou a festa no século VI d.C. como uma espécie de despedida aos prazeres da carne nos dias que antecedem à quaresma. Nos quarenta dias de penitência, inspirados no jejum de Cristo no deserto, o católico não poderia comer carne. Por isso, realizava-se, nos três dias antes da quarta-feira de cinzas, o "carne vale", que em latim significa "adeus à carne". Era a oportunidade para que fosse consumida a carne e outros alimentos que, se guardados, apodreceriam durante a quaresma. Sabendo-se que a quaresma seria um tempo de santificação para o católico, o Carnaval foi adquirindo a conotação de um período de liberação nas questões morais                                                                                                  Com o passar dos séculos, o aspecto religioso enfraqueceu, mas a festa continuou com folias, brincadeiras, libertinagem, música e dança. As fantasias com máscaras escondem a identidade dos foliões, dando uma certa sensação de liberdade, podendo brincar sem ser reconhecido pelos outros. Cria-se então a ocasião propícia para expressões que não seriam aceitas no cotidiano. Assim, tornou-se muito comum a prática dos homens se vestirem de mulher e vice-versa. No Brasil, a festa reforçou seu aspecto artístico com desfiles de escolas de samba e carros alegóricos, mas por outro lado, enfatizou o erotismo, com fantasias que expõem o corpo, principalmente das mulheres.
São três dias de folia, e no final deles muita tristeza: famílias destruídas por causa da infidelidade, mortes por overdose de drogas, aumento nas mortes e mutilações por acidentes de trânsito, assaltos, grande número de homicídios por brigas, vários por uso de álcool e drogas por adolescentes, jovens, adultos... Quantas moças perdem sua virgindade na loucura do Carnaval e ficam grávidas prematuramente? Quantas crianças roubadas de sua inocência e pureza? Quanta violência... Quanta loucura em nome do prazer! Um prazer passageiro, que não é completo, que não satisfaz as necessidades humanas, pelo contrário, só aumenta a solidão, as frustrações e traz o peso da culpa. No fim de tudo, a alegria se transforma em tristeza.
Carnaval é uma festa onde há licença para pecar e por isso Deus não aprova. Pois a Bíblia diz que o resultado do pecado é a morte (Rm 6:23), e nós cristãos, não podemos de maneira alguma participar disso. A Bíblia diz que nós, cristãos, nos tornamos novas criaturas, com uma nova natureza, e agora devemos buscar a santificação, pois o corpo já não é nosso - ele se tornou morada do Espírito Santo (1 Tessalonicenses 4:3,4) Por isso eu e você não podemos nos conformar com uma festa que é sinônimo de pecado e alegria passageira, onde Deus fica de fora.
O Carnaval é uma festa imprópria para todos, mas principalmente para o cristão. Alguns vão com o propósito de evangelizar e não podemos proibir o evangelismo, mas devemos alertar que é um trabalho arriscado. Todo cuidado é pouco. Alguns jovens vão com a desculpa de uma diversão inocente. Cuidado! É muito difícil alguém entrar no esgoto e sair sem se sujar. Nossa alegria não depende de festas. Não devemos confundir alegria com felicidade e nem sexo com amor. Em Cristo está o nosso prazer e a nossa alegria, que não termina na Quarta-Feira de Cinzas, mas continua para sempre!
"Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição, mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna" (Gálatas 6:8).
No livro de Isaías (leia abaixo) vemos uma advertência sobre festas pagãs da época que eram muito parecidas com o Carnaval atual. Esta festa apresenta muitos atrativos, inclusive, para os jovens cristãos, porque hoje muitas coisas são aceitas sob o pretexto de que "não tem nada a ver". Mas cuidado, pois essa festa tem sido um caminho de destruição para muitas vidas. Veja:
"“Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquente! E harpas e alaúdes, tamboris e gaitas, e vinho há nos seus banquetes, e não olham para a obra do Senhor, nem consideram as obras das suas mãos. Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento, os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede. Portanto, o inferno grandemente se alargou, e se abriu a sua boca desmesuradamente; e para lá descerão o seu esplendor, e a sua multidão, e a sua pompa, e os que entre eles se alegram. Então, o plebeu se abaterá, e o nobre se humilhará; e os olhos dos altivos se humilharão"” (Isaías 5.11-15).

Fateb. Faculdade Teológica Ebenezer
www.fatebsp.com.br 

sábado, 7 de janeiro de 2017


A prosperidade segundo a Bíblia
Hoje mais do que em qualquer outra época da vida da Igreja o assunto prosperidade tem invadido o arraial evangélico, despertando nele uma sofreguidão pelo que é material. As Igrejas que tem optado como diretriz básica do seu ministério a ênfase nesse assunto, numa ânsia de um crescimento numérico rápido, têm muitas delas, explorado esse tema até as últimas consequências, inclusive comprometendo a pureza do Evangelho.
Mas o que é prosperidade? Entendendo o assunto conforme o significado da palavra, vemos que prosperar é “melhorar de condição; progredir; crescer, desenvolver-se; enriquecer”.
Muitos evangélicos acham que pelo fato de serem filhos de Deus (por adoção) deve ser necessariamente rico financeiramente e o argumento que usam é que se a Deus pertence à riqueza (Ag 2.8), então os seus filhos têm que ser ricos também. E o pior de tudo é quando se ensina que se o crente não é próspero (rico) tem problema na sua vida espiritual, ou falta de fé, ou algum pecado que impede a sua prosperidade.
Mas será que no Novo Testamento é isso que é enfatizado? (Lembramos aos irmãos que um determinado assunto para ser normativo na vida da Igreja tem que ter necessariamente o respaldo do Novo Testamento, pois a revelação foi dada de forma progressiva. Se não há confirmação do Novo Testamento para um assunto do Antigo Testamento, o mesmo teve o seu valor circunstancial, mas não é normativo para a Igreja – isto é uma regra básica da Hermenêutica Bíblica, que é a ciência de interpretação dos textos bíblicos).
Não restam dúvidas de que o Novo Testamento enfatiza a prosperidade do ponto de vista espiritual. Em Efésios 1.3 nos é dito que Deus já abençoou a Sua Igreja com toda a sorte de bênçãos espirituais. Pedro disse sobre o assunto, que Deus nos deu grandes e preciosas promessas pelas quais nos tornamos participantes da natureza divina (2 Pe 1.3,4). João também tratou do assunto quando se dirigiu a Gaio, o destinatário da sua 3ª carta, dizendo que ele era um homem próspero espiritualmente (3 Jo 1,2).
A luz da Bíblia, Deus é soberano e tem gerência direta na vida de todos os seres humanos. A uns Ele dá riquezas, a outros não. “O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez o Senhor” Pv 22.2. “Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz” Sl 115.3. (Veja ainda o Salmo 103.19). Ainda sobre a questão da soberania de Deus é bom que todos saibam que ninguém pode ter coisa alguma se não lhe for dada do Céu (Jo 3.27). Tiago também via o assunto dessa maneira quando disse que toda a boa dádiva e todo dom perfeito vinha do alto, descendo do Pai das luzes (Tg 1.17).
Se você irmão tem alguma coisa, algum recurso, prosperou, tem um bom emprego, uma boa casa para morar, um automóvel para se locomover, tem influência, o seu futuro e o dos seus filhos estão garantidos (?) não se ensoberbeça, mas adore a Deus que graciosamente lhe deu essas coisas. Se você querido irmão não tem as coisas citadas acima ou as tem em menor escala não se entristeça, pois Deus não lhe deu isso ou lhe deu pouco, mas por outro lado Ele cuida de você com um cuidado todo especial. Observe os textos a seguir: “Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão” Sl. 37.25. “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem” Hb 13.5,6. Dê graças a Deus por isso em obediência ao que Ele disse em 1 Ts 5.18: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
Não estou com isso pregando um determinismo, nem sou adepto da “síndrome da Gabriela” (eu nasci assim, vou viver assim e vou morrer assim). Esforce-se, estude, trabalhe, progrida, mas não venda a sua alma por causa disso. Lembre-se de que o Senhor censurou aquelas pessoas que eram ricas materialmente, mas que eram pobres para com Deus (veja a parábola do rico insensato em Lucas 12.13−21).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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