sexta-feira, 22 de abril de 2016

A CONVERSÃO DO PIOR HOMEM DO MUNDO !




INTRODUÇÃO

1. A história está eivada de homens maus
Os anais da história estão repletos de homens que deixaram um rastro sombrio na nossa lembrança: Homens facínoras, assassinos, feiticeiros, monstros bestiais, pervertidos celerados e déspotas sanguinários. Homens incendiários como Nero. Homens traidores como Judas. Homens perversos como Hitler. Homens truculentos como Mao Tse Tung. 
Mas, talvez, nenhum homem tenha excedido em perversidade a Manassés. Esse rei foi o décimo terceiro rei de Judá. Reinou 55 anos, de 697 a 642 a.C. Seu nome significa “Aquele que esquece” e ele esqueceu-se de Deus.

2. Poderia a graça de Deus alcançar aqueles que descem até às profundezas da degradação?
Normalmente achamos que há pessoas irrecuperáveis. Que há pecadores que estão fora do alcance da graça. A história de Manassés vai nos mostrar que não há poço tão fundo que a graça de Deus não possa ser mais profunda. A graça é maior do que o pecado. Onde abundou o pecado superabundou a graça.

I. OS PRIVILÉGIOS DE MANASSÉS
1. Ele era filho de um pai piedoso
Ele cresceu bebendo o leite da verdade e sugando o néctar da piedade. Ele cresceu num lar onde Deus era conhecido e amado. Mas a piedade dos pais não é garantia que os filhos seguirão o mesmo caminho. Manassés tinha exemplo. Tinha modelo dentro de casa. Seu pai promoveu uma grande reforma espiritual em Judá depois do desastrado reinado de Acaz. Ele limpou a casa de Deus.

2. Ele assumiu o trono ainda jovem – v. 1
3. Ele teve o reinado mais longo de Judá – v. 1
4. Ele teve a advertência de Deus – v. 10

II. OS PECADOS DE MANASSÉS
1. Ele liderou o povo a pecar contra Deus v. 2,9
Manassés foi um líder mau. Ele usou sua influência para desviar as pessoas de Deus. Ele levou sua nação a fazer coisas piores do que as nações pagãs (v. 9). Ele tornou a edificar os altos, liderou o povo na adoração de Baal. Ele se prostrou diante de todo o exército dos céus (v. 3). Ele adorava as estrelas. Ele tornou-se um viciado em astrologia. Ele tornou-se um místico inveterado. Tornou-se um apóstata, um náufrago na fé. 

2. Manassés profanou a Casa de Deus – v. 4,5,7
Ele fez pior que Acaz que fechou a casa de Deus. Ele introduziu ídolos abomináveis dentro da Casa de Deus. Ele profanou a Casa de Deus. Ele insultou a santidade de Deus e do culto. 

3. Ele se tornou um feiticeiro inveterado – v. 6
A feitiçaria de Manassés chegou a ponto dele sacrificar seus próprios filhos a Moloque. Ele era adivinho. Era agoureiro. Praticava feitiçaria. Tratava com necromantes. Ele consultava os mortos. Ele era feiticeiro, espírita, pai de santo. Ele provocava o Senhor à ira.Há muitas pessoas mergulhadas até o pescoço com feitiçaria, com espiritismo, com astrologia, com consulta aos mortos, com misticismo pagão. 

4. Ele derramou muito sangue inocente – 2 Rs 21.16
Ele matou seus próprios filhos. Matou filhos de outras pessoas. Ele mandou cerrar ao meio o profeta Isaías. Flávio Josefo diz que todos os dias se sacrificavam pessoas em Jerusalém a mando de Manassés. Ele era um homem mau, virulento, truculento, assassino e sanguinário. 

III. O JUÍZO DE DEUS SOBRE MANASSÉS
1. A prisão de Manassés – v. 11
Quem não escuta a voz da Palavra, escuta a voz da chibata. Quem não atende a voz do amor, é arrastado pela dor. O rei da Assíria prende Manassés com ganchos, amarra-o com cadeias e o leva cativo para a Babilônia.


2. A humilhação de Manassés – v. 11,12
Manassés desceu ao fundo do poço. Ele é arrancado do trono, de Jerusalém. É levado como um bicho, com canga no pescoço, em anzóis em sua boca e jogado numa prisão. Ele é levado para a Babilônia, o centro da feitiçaria do mundo. Os ídolos da Babilônia que ele adorava não puderam livrá-lo. 

3. A angústia de Manassés – v. 12
O pecado não compensa. Quem zomba do pecado é louco. O homem será apanhado pelas próprias cordas do seu pecado. Manassés está cativo, algemado, angustiado. Quem não escuta a voz, escuta a vara.

IV. A CONVERSÃO DE MANASSÉS
1. A infinita graça de Deus – v. 13
Quando lemos essa história temos a vontade de dizer: agora bem feito! Ele deve pagar por todas as suas atrocidades. Mas, este homem clama a Deus e o Senhor o salva. Deus é rico em perdoar. Ele tem prazer na misericórdia. Não causa perdida para ele. 
Deus mandou Manassés para a prisão, para não mandá-lo para o inferno. É um acidente, uma doença, uma tragédia familiar. Deus está pronto a mover o céu e a terra para que você não pereça.

2. A humilhação de Manassés – v. 12
A conversão começa com o arrependimento, com a tristeza pelo pecado, com a consciência de que temos feito o que é mau perante o Senhor. Manassés muito se humilhou perante Deus. Ele caiu em si. Ele reconheceu seu erro. Ele não se justificou, nem endureceu seu coração. Ele se curvou, se humilhou. Se arrependeu.

3. A oração de Manassés – v. 12
Manassés vivera toda a sua vida invocando os mortos, adorando os ídolos, levantando altares aos deuses pagãos. Mas, agora, na hora do aperto, ele ora ao Deus do céu e este atende ao seu clamor. Clame por Deus. Grite por socorro. Levante a sua voz. Ainda há esperança para a sua alma. 

4. A salvação de Manassés – v. 13
Quando Manassés voltou-se para Deus, Deus voltou-se para ele. Restaurou sua vida, seu reino, sua alma. Manassés, então reconheceu que o Senhor é Deus. Deus o aceitou. Deus o restaurou. Deus o levantou. Deus restituiu o seu reino. 

5. As provas do arrependimento de Manassés – v. 13-16
a) Aceitação – (v. 13) - Os ouvidos de Deus estão abertos, suas mãos estão estendidas para você. O Pai está pronto a receber o pródigo de volta e fazer uma festa. Não importa quão longe você tenha ido e quando profundo o poço que você tenha caído, Deus está pronto a perdoar você e aceitar você de volta para ele. 

b) Iluminação – (v. 13) - “Então reconheceu Manassés que o Senhor era Deus”. Deus pode abrir os olhos da sua alma nesta noite. Ele pode abrir seu coração para crer. Ele pode tirar a cortina dos seus olhos. Ele pode dar a você entendimento espiritual. Ele pode revelar a você a glória do seu Filho Jesus Cristo.

c) Reforma – (v. 15) – Manassés fez uma faxina na Casa de Deus e na sua vida. Ele tirou toda a abominação que ele mesmo tinha colocado na Casa de Deus. Arrependimento implica em mudança


d) Consagração – (v. 16) – Manassés não apenas tirou o que estava errado, mas restaurou o altar do Senhor. Ele começou a buscar a Deus novamente. Ele se voltou para Deus de todo o seu coração. Ele foi convertido a Deus e passou a consagrar-se a Deus, liderando sua nação a voltar-se para o Senhor. 



CONCLUSÃO
Vamos ver algumas lições:
1) A piedade dos pais não é garantia que os filhos vão andar com Deus;
2) A vida longa não é segurança do favor de Deus;
3) Não há grau de impiedade que esteja além do alcance da graça de Deus e do perdão de Deus;
4) Não espere uma tragédia em sua vida para você voltar-se para Deus. 
5) O pecado é algo que Deus abomina e jamais ficará sem julgamento;
6) Hoje é o dia de você voltar-se para Deus de todo o seu coração
7) Se você voltar-se para o Senhor, agora mesmo, ele ouvirá seu clamor e restaurará a sua alma, dando-lhe a salvação!
Pr. Robério Lyra .Ph.D
Jornalista Mtb 53.839/SP

sexta-feira, 15 de abril de 2016


 O Caráter do Político Astuto:
Um Estudo sobre a Vida de Absalão



2 Samuel, capítulos 13 a 18Introdução


A história de Absalão não é uma história bonita. Filho do Rei Davi, ele teve uma existência marcada por inúmeros pecados. Era uma pessoa atraente, simpática, e famosa, que realmente chamava a atenção. Poucas pessoas no mundo poderiam receber o tipo de descrição que dele é feita em 2 Sm 14.25: “Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele defeito algum”. Quando lemos a sua história, registrada nos capítulos 13 a 18 de 2 Samuel, vemos que ele era um daqueles “líderes natos”, com personalidade marcante e carismática. Era impulsivo em algumas ações, mas igualmente maquinador e conspirador para preencher suas ambições de poder. Por trás de um passado que abrigava até um assassinato de seu irmão, ele não hesitou em utilizar e manipular pessoas e voltar-se contra seu próprio pai, para vir a governar Israel. Uma vez no poder, demonstrou mais impiedade, crueldade e imoralidade. No seu devido tempo, foi castigado por Deus, sofrendo uma morte inglória, sendo Davi reconduzido ao poder.

O caráter de Absalão não é diferente de muitos personagens contemporâneos de nossa política. Na realidade, ele reflete bem como a ambição pelo poder, conjugada com outros pecados, transtorna o comportamento de políticos “espertos” e “astutos”, levando-os a uma vida de engano e egoísmo desenfreado, na maioria das vezes com o aproveitamento pessoal do bem público. Necessitamos de sabedoria e discernimento, para penetrarmos a couraça de fingimento que é mostrada à sociedade. Necessitamos de uma conscientização de nossas responsabilidades, como cidadãos, para que estejamos cobrando, com o devido respeito, as responsabilidades de nossos governantes, conforme estipuladas nas Escrituras em Romanos 13.

Nosso propósito, neste artigo, é estudar as ações de Absalão registradas no capítulo 15 de 2 Samuel, versos 1 a 12, identificando algumas peculiaridades de sua pessoa e caráter para que sirva de alerta à nossa percepção do mundo político e da busca pelo poder. Queremos verificar se essas características são reflexos da natureza humana submersa em pecado, e aprender que devemos resguardar nosso apoio irrestrito, a tais pessoas de intensa ambição. Devemos também agir responsavelmente como cidadãos cristãos, na medida do possível, para que as instituições que tais pessoas pretendem governar sejam também resguardadas.

As Características de Absalão
Vejamos, 10 características do político astuto e matreiro que foi Absalão, conforme o relato que temos no capítulo 15 do Segundo livro de Samuel:

1. Ostentação e demonstração de poder
No verso 1, lemos: “Depois disto, Absalão fez aparelhar para si um carro e cavalos e cinqüenta homens que corressem adiante dele”. No capítulos 13 e 14 lemos como Absalão ficou foragido, após assassinar seu irmão. Aparentemente, Davi tinha grande amor por Absalão e, após três anos dos acontecimentos que culminaram no assassinato e fuga, Davi o recebe de volta. Absalão era famoso. Em 2 Sm 14.25 lemos que ele era “celebrado” por suas qualidades físicas invejáveis e impecáveis. Possivelmente tudo isso havia “subido à cabeça”. Em vez de assumir uma postura de humildade e contrição, em seu retorno, o texto nos diz que ele trafegava em uma carruagem com cavalos. Semelhantemente a tantos políticos contemporâneos ele se deleitava na ostentação e na demonstração de poder. Nesse sentido, formou um extraordinário séquito de “batedores” – cinqüenta homens que corriam “adiante dele”. Certamente tudo isso contribuía para chamar ainda mais atenção, para a sua pessoa, e ia se encaixando nos planos que possuía, para a tomada do poder. Vamos ter cuidado com aqueles que buscam a ostentação e a demonstração do poder que já possuem, pois irão aspirar sempre mais e mais, às custas de nossa liberdade.

2. Comunicação convincente. 
O verso 2, diz: “Levantando-se Absalão pela manhã, parava à entrada da porta; e a todo homem que tinha alguma demanda para vir ao rei a juízo, o chamava Absalão a si e lhe dizia: De que cidade és tu? Ele respondia: De tal tribo de Israel é teu servo...”. Parece que Absalão não era preguiçoso. Levantava-se cedo e já estava na entrada da cidade, falando com as pessoas. Possivelmente tinha facilidade de comunicação, de “puxar conversa”. Identificava aqueles que tinham necessidades, aqueles que procuravam acertar alguma disputa e logo entrava em conversação com eles. Certamente essa é uma das características que nunca falta aos que aspiram o poder. Devemos olhar além da forma – devemos atentar para o conteúdo e a substância, procurando discernir os motivos do comunicador.

3. Mentira. 
O verso 3 mostra que Absalão era mentiroso. Era isso que Absalão comunicava àqueles com os quais ele conversava, com os que tinham demandas judiciais a serem resolvidas: “Então, Absalão lhe dizia: Olha, a tua causa é boa e reta, porém não tens quem te ouça da parte do rei”. Descaradamente ele minava a atuação, autoridade e função do rei Davi, seu pai. Com a “cara mais limpa”, como muitos políticos com os quais convivemos, passava uma falsidade como se fosse verdade. Certamente existia quem ouvisse as pessoas, em suas demandas. Certamente, nem toda causa era “boa e reta”, mas Absalão não estava preocupado com isso, nem com a verdade. Ele tinha os seus olhos postos em situação mais remota. Ele queria o poder a qualquer preço. Para isso não importava se ele tinha que atropelar até mesmo o seu pai. Não sejamos crédulos às afirmações inconseqüentes, às generalizações mentirosas de tantos que aspiram o poder.

4. Ambição e engano.
 O verso 4, confirma a linha de ação adotada por Absalão, na trilha da decepção: “Dizia mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça!” Será que realmente acreditamos que o malévolo Absalão estava mesmo preocupado com o julgamento reto das questões? Será que ele tinha verdadeira “sede e fome de justiça”? A afirmação demonstra, em primeiro lugar que a sua ambição era bem real – ele queria ser “juiz na terra” – posição maior que era ocupada pelo rei seu pai. Quanto à questão de “fazer justiça” – será que realmente podemos acreditar?   Certamente com a demonstração de impiedade e injustiça que retratou posteriormente, quando ocupou o poder, mostra que isso era ledo engano aos incautos. Quantas pessoas terão sido iludidas por ele! Quantas o apoiaram porque acharam que ali estava a resposta a todas as suas preces e anseios – “finalmente, alguém para fazer justiça”! Como é fácil sermos iludidos e enganados em nossas necessidades! Não sejamos ingênuos para com promessas que não poderão ser cumpridas.

5. Bajulação. No verso 5, vemos como Absalão era mestre em adular aos que lhe interessavam: “Também, quando alguém se chegava para inclinar-se diante dele, ele estendia a mão, pegava-o e o beijava”. Que político charmoso! Estava prestes a receber um cumprimento, mas ele se antecipava! Com uma modéstia que era realmente falsa, como veríamos depois, ele fazia as honras para com o que chegava. Realmente era uma pessoa que sabia fazer com que os que o visitavam se sentissem importantes. Sempre gostamos de receber um elogio, de sermos bem tratados. Tenhamos a percepção de verificar quando existem interesses ocultos ou motivos noturnos por trás da cortesia aparente.

6. Furto de corações – O despertar de seguidores ferrenhos! 
O verso 6 fala literalmente dessa característica. Não, Absalão não violava sepulturas, nem estava interessado em transplantes de órgãos. Mas no sentido bem coloquial ele “roubava corações”: “Desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo e, assim, ele furtava o coração dos homens de Israel”. Com as ações descritas nos versos precedentes, Absalão angariava seguidores apaixonados por seu jeito de ser. Sua bandeira de justiça livre e abundante para todos, capturava o interesse, atenção e lealdade dos cidadãos de Israel. Não importava se havia um rei, legitimamente ungido pelo profeta de Deus. Aqui estava um pretendente ao poder que prometia coisas muito necessárias. Que era formoso de parecer. Que falava bem. O que mais poderiam as pessoas esperar de um governante? Será que alguém se preocupou em averiguar a sinceridade das palavras e das proposições? Será que alguém tentou aferir se as promessas proferidas eram possíveis de ser cumpridas? O alerta é para cada um de nós, também.

7. Falsa religiosidade – 
Os versos 7 a 9 registram: “Ao cabo de quatro anos, disse Absalão ao rei: Deixa-me ir a Hebrom cumprir o voto que fiz ao SENHOR, Porque, morando em Gesur, na Síria, fez o teu servo um voto, dizendo: Se o SENHOR me fizer tornar a Jerusalém, prestarei culto ao SENHOR”. É incrível como muitos políticos, mesmo desrespeitando os mais elementares princípios éticos, pretendem, em ocasiões oportunas, demonstrar religiosidade e devoção. No transcorrer do texto, vemos que tudo não passava de casuísmo, da parte de Absalão. Ele procurava costurar alianças. Procurava trafegar pela terra realizando os seus contatos, mas a fachada era a sua devoção religiosa. Pelo amor ao poder, antigos ateus declarados, se apresentaram como religiosos devotos. No campo evangélico deve haver uma grande conscientização de que existe uma significativa força eleitoral e política. Na busca pelo voto evangélico, muitos se declaram adoradores do Deus único e verdadeiro. Não nos prendamos às palavras, mas examinemos a vida e as obras de cada um, à luz das idéias que defendem. Vejamos também se as propostas apresentadas se abrigam ou contradizem os princípios da Palavra de Deus.

8. Conspiração –
 O verso 10, mostra que, finalmente, Absalão partiu para a conspiração aberta: “Enviou Absalão emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom”. Insurgiu-se de vez contra o rei que havia sido ungido por Deus, para governar Israel. Não – ele não era um democrata que queria instalar uma república naquela terra. Valia-se de sua personalidade magnética, do seu poder de comunicação e das ações comentadas e   registradas nos versos anteriores, para instalar um governo que seria não somente despótico, como opressor e abertamente imoral (2 Sm 16.22). Que Deus nos guarde dos políticos conspiradores, que desrespeitam as leis e autoridades e que são egoístas em sua essência.

9. Utilização de inocentes úteis –
 Leiamos o verso 11: “De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio”. Certamente essas duzentas pessoas, selecionadas a dedo, eram pessoas importantes e influentes. Certamente transmitiram a impressão que havia um apoio intenso e uniforme às pretensões de Absalão. Vemos que não é de hoje que as pessoas participam de uma causa sem a mínima noção de todas as implicações que se abrigam sob o apoio prestado. Devemos procurar pesquisar e estarmos informados sobre as causas públicas e sobre as questões que afetam a nossa vida e a da nossa nação. Nunca devemos permitir que sejamos utilizados como “inocente úteis” em qualquer causa, como foram aqueles “convidados” de Absalão.

 
10. Populismo– O verso 12 registra: “Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tornou-se poderosa a conspirata, e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão”. Vemos que, saindo do estágio secreto, a campanha ganhou as ruas e ganhou intensa popularidade, ao ponto em que um mensageiro chegou a dizer a David (v. 13) “o coração de todo Israel segue a Absalão”. Um dos ditos populares mais falsos é: “a voz do povo é a voz de Deus”. Não nos enganemos – muitas   questões são intensamente populares, mas totalmente contrárias aos princípios da Palavra. Assim é também com as pessoas – a popularidade não é um selo de aprovação quanto ao comportamento ético e justo. Democracia (a regência pela maioria do povo) não é uma forma de se estabelecer o que é certo e o que é errado, mas uma maneira administrativa de se reger o governo sob princípios absolutos que não devem ser manipulados pela maioria, ou por minorias que se insurgem contra esses preceitos de justiça. Como cristãos, devemos ter uma visão muito clara dos princípios eternos de justiça, ética e propriedade revelados por Deus em Sua Palavra.

Conclusão
A história de Absalão que se iniciou no capítulo 13, continua até o capítulo 18. Absalão sempre gravitou próximo ao poder, mas aspirava o poder absoluto. Para isso, fez campanha, conspirou e lutou contra o seu próprio pai. Aparentemente esse político astuto foi bem sucedido. Foi alçado ao poder e lá se consolidou perseguindo e aniquilando os seus inimigos, entre os quais classificou o seu pai Davi, a quem tentou, igualmente, matar. Ocorre que os planos de Deus eram outros. Seu conturbado reinado foi de curta duração. Causou muita tristeza, operou muita injustiça e terminou seus dias enganchado pelos cabelos em uma árvore, enquanto fugia, e foi morto a flechadas.

Parece que vivemos permanentemente em campanha eleitoral, em nossa terra. A política, naturalmente, desperta fortes paixões, interesses e defesas. Muitos políticos, em sua busca pelo poder, passam a demonstrar muitas características demonstradas na vida de Absalão. É natural que alguém que almeja um cargo de liderança qualquer, possua um comprometimento intenso às suas idéias e objetivos. Os partidários, também submergem nesse mesmo espírito de luta. O problema vem quando a paixão, quer pelo líder, quer pelo poder, leva à cegueira moral, como na vida de Absalão. Nesse caso, desaparece a ética e princípios são atropelados. Os partidários, às vezes até sem perceberem, são sugados e manipulados. Em muitas ocasiões verificam que se encontram em uma posição de defender até o que não acreditam.

O cristão tem que se esforçar para ter uma consciência e vida tranqüila e serena perante Deus e perante os homens. Ele tem que se conscientizar que a sua lealdade é primordialmente para com Deus, para com a Sua Palavra objetiva, para com a causa do evangelho. Participação política consciente não significa lealdade inconseqüente. Na maioria das vezes o cristão verificará que se apoia esse ou aquele candidato, assim o faz não porque ele é o ideal e defensável em qualquer situação, mas porque representa o menor dos males, entre as escolhas que lhes são apresentadas. Sobretudo ele não pode se deixar manipular, como no caso dos seguidores de Absalão. Devemos, sempre, com respeito, apontar o desrespeito aos princípios encontrados nas Escrituras, por aqueles sobre os quais Deus colocou a responsabilidade de liderar o governo e as instituições de nosso país, lembrando 1 Tm 2.1-8, intercedendo sempre por eles em oração.


Fateb
http://www.fatebsp.com.br/
http://www.fatebteologia.com.br/

Posts - Populares

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...